quarta-feira, 10 de novembro de 2010

MLB

O couro comeu e foi à vera: varios canapés, sushis , sashimis, bebida à pamparra e ao som de `Ne me quite pas´ a galera da "ativa" ficou com a bunda nas brasa quando soube da TPM (tocado por mulheres)e saiu distribuindo Diazepam pra tentar prevenir a guerra mas o ambiente rolava cool, clima esotérico no ar, era campari e atitude, pufs, "sensuous wispher" no ouvidinho e a luz violeta dava o tom do mantra incansável e simpatizante.
Tudo rolando conforme o anúncio e a TPM já foi sacando as peças: cajón, bongo, pandeiros , guitarra folk. Tudo muito acústico pra ficar lounge ,tudo muito performático pra soar groove, tudo muito light pra ficar soft. Conforme a presença do Movimento Lado Brisagem (pra não dizer visagem )e do Música Leve Bruta (movimentinho filho da outra!) foi feita a discussão do Estaputo do Movimento com direito a maquiagem e cílios postiços , tudo como manda o fetiche, descontos de 50% no Sex shop , central de relacionamento, logística e painel de idéias pro jogo não morrer empatado.
Movimentos contrários e à favor hastearam bandeiras, descreveram estátísticas mas foi quase impossível chegar à conclusão: no lé com lé e no cré com cré,o tempero do molho quase desandou, foi um shopping center de bizarrisses e pombagirisses e quando chegou na apoteose, rolou o maior trelelê na via de mão dupla da discussão, afinal, o partido da oposição não arredou o pé da sua posição e a suruba foi cancelada por não oferecer estado de perigo, já que o samurai da espada-bamba levou um ipon e caiu de cara no tatame .
Bem, após divagações sobre poesia concreta, jece valadão, nouvelle vague e underground soul só faltava dar um toque retrô com pin-ups nem um pouco modernas e acordes futuristas fazendo a cama , uma voz sexy e grave entoava uma loa num sussurro fatal ao fundo, e, cheia de bloody mary na cuca , a acusada do evento elegeu a comissão de notáveis : teve madrinha , padrinho, acessoria de imprensa, editora, gravadora, artes plásticas e botox, diretor de palco, de proscênio , de camarim, personal trainner, o escambau. Tudo orquestrado por um arranjador(de confusão)e um empresário(de araque).
E todo mundo aderiu a causa mas o placar seguia incorruptível eis que pintou a Aretuza, garota escolada, vinda das oropa, ninfeta importada. Considerada por causa de sua dupla cidadania. Aretuza: que come e se lambuza, que bebe e não se abusa, que usa roupa made in Usa. Foi a maior porrada da diplomacia multilateral, invasões na faixa de gaza com direito a fio-terra provocando delírios e concessões...
Estava decretada a nova tendência, um novo conceito, influências tropicalistas e canibais, inspirações antropofágicas de orgias e carnavais. O negócio era ir no cartório e abrir bem a firma antes que o pessoal do Movimento Lábios Beiçudos e do Madames Líricas e Bombadas viesse pra botar mais lenha na fogueira na festa da Musica Liberal Brasileira.